Eu estava trocando de roupa, olhei no espelho e falei:
- Ah! Meu Deus! Estou grávida!
- Como assim?!? Você nem está atrasada!
- Eu sei, mas olha aqui, perdi minha cintura.
Foi assim que descobri você em mim, 8 dias antes do que seria o dia que deveria anunciar “as regras mensais” como diria minha avó.
Parece que você já falava comigo e mesmo sem conseguir dizer de qualquer outra maneira, arranjou um jeito de me falar: - Mãe, eu já estou aqui, me perceba!
E eu percebi.
Para mim você foi a maior benção de Deus (o Gui, já disse, foi meu maior presente. São duas coisas diferentes). Mas para o Gui você foi um presente. Um presente sem embrulho. Presente porque alguns dias antes, ele me abraçou e disse: - Mãe, pede pro Papai do Céu colocar um nenê na sua barriga? – Eu não disse nada. Não tinha como Ele fazer isso, afinal, eu tomava remédio. E tomava direitinho. Mas o Papai do Céu é fogo!!! Ele dá um jeito quando Ele quer. E eu acho que Ele achou tão bonito um menininho de 3 anos saber tanto o que quer, que Ele ficou todo sensível e atendeu o pedido. E como o presente foi pro Gui, nada mais justo que ele escolhesse seu nome. E ele escolheu Luana. E a gente te chama de Lua, porque Lu é muito comum. E você nunca foi uma menina comum. E Lua é um pedaço do céu. E você é meu pedaço de céu. E a gente cantava junto, todo dia, para você "Adormecer". E quando você nasceu, a gente cantava junto também.
Minha maior benção você é, porque depois que você apareceu, tudo mudou para mim. Todas as coisas boas do mundo, todos os bons sentimentos, todas as bênçãos do céu, Papai do Céu me mandou juntinho com você. Às vezes acho que você era um anjinho, daqueles com asa e tudo, mas Ele abriu mão de você só para me fazer mais feliz. Ele deve me amar muito. Só assim para conseguir explicar porque ele me trouxe você.
Ainda guardo a lembrança do dia na cozinha da antiga casa quando você perguntou para a tia Lê onde você estava quando eu e ela éramos crianças. A tia Lê disse que você estava lá em cima com o Papai do Céu escolhendo sua mãe. Então você me olhou, apontou o dedinho para mim e disse: - E eu escolhi esta aqui! – e mesmo sendo tão pequenininha, disse com tanta convicção. E veio correndo e me abraçou. Foi o abraço mais gostoso do mundo todo.
Hoje, você já não é mais meu bebê. Mas ainda assim, divide a cama comigo, às vezes. E não é só quando tem pesadelo. Assim, do nada, você pega seu travesseiro e me olha com cara de “quero colo”. Eu levanto o lençol e você deita ao meu lado e me abraça. Às vezes, nem fala nada. E eu não falo também. É que esse silêncio, esse encanto é tão bonito!!!
- Ah! Meu Deus! Estou grávida!
- Como assim?!? Você nem está atrasada!
- Eu sei, mas olha aqui, perdi minha cintura.
Foi assim que descobri você em mim, 8 dias antes do que seria o dia que deveria anunciar “as regras mensais” como diria minha avó.
Parece que você já falava comigo e mesmo sem conseguir dizer de qualquer outra maneira, arranjou um jeito de me falar: - Mãe, eu já estou aqui, me perceba!
E eu percebi.
Para mim você foi a maior benção de Deus (o Gui, já disse, foi meu maior presente. São duas coisas diferentes). Mas para o Gui você foi um presente. Um presente sem embrulho. Presente porque alguns dias antes, ele me abraçou e disse: - Mãe, pede pro Papai do Céu colocar um nenê na sua barriga? – Eu não disse nada. Não tinha como Ele fazer isso, afinal, eu tomava remédio. E tomava direitinho. Mas o Papai do Céu é fogo!!! Ele dá um jeito quando Ele quer. E eu acho que Ele achou tão bonito um menininho de 3 anos saber tanto o que quer, que Ele ficou todo sensível e atendeu o pedido. E como o presente foi pro Gui, nada mais justo que ele escolhesse seu nome. E ele escolheu Luana. E a gente te chama de Lua, porque Lu é muito comum. E você nunca foi uma menina comum. E Lua é um pedaço do céu. E você é meu pedaço de céu. E a gente cantava junto, todo dia, para você "Adormecer". E quando você nasceu, a gente cantava junto também.
Minha maior benção você é, porque depois que você apareceu, tudo mudou para mim. Todas as coisas boas do mundo, todos os bons sentimentos, todas as bênçãos do céu, Papai do Céu me mandou juntinho com você. Às vezes acho que você era um anjinho, daqueles com asa e tudo, mas Ele abriu mão de você só para me fazer mais feliz. Ele deve me amar muito. Só assim para conseguir explicar porque ele me trouxe você.
Ainda guardo a lembrança do dia na cozinha da antiga casa quando você perguntou para a tia Lê onde você estava quando eu e ela éramos crianças. A tia Lê disse que você estava lá em cima com o Papai do Céu escolhendo sua mãe. Então você me olhou, apontou o dedinho para mim e disse: - E eu escolhi esta aqui! – e mesmo sendo tão pequenininha, disse com tanta convicção. E veio correndo e me abraçou. Foi o abraço mais gostoso do mundo todo.
Hoje, você já não é mais meu bebê. Mas ainda assim, divide a cama comigo, às vezes. E não é só quando tem pesadelo. Assim, do nada, você pega seu travesseiro e me olha com cara de “quero colo”. Eu levanto o lençol e você deita ao meu lado e me abraça. Às vezes, nem fala nada. E eu não falo também. É que esse silêncio, esse encanto é tão bonito!!!
E às vezes, quando você vem para a minha cama, eu conto a histórinha de quando a Luana estava na minha barriga. E do dia que ela bateu palminha. E dela ser a "Pipica". E cada dia a história fica "mais grande". Porque a Luana cresce também.
Entendi há pouco tempo - e sem culpa - que uma mãe não ama seus filhos iguais. Ama-os sim, com a mesma intensidade. O tamanho do amor é o mesmo. Mas o jeito de amar não.
Você é quem dorme comigo, quem conversa comigo, quem quer saber todas as noites como foi meu dia e que me conta como foi o seu. Você quem deita sua cabeça no meu colo e me pede para assistir Karku com você. É você que me conta dos seus medos, dos seus choros, seus porques. E eu te amo mais perto porque você me deixa te amar assim.
Você é quem dorme comigo, quem conversa comigo, quem quer saber todas as noites como foi meu dia e que me conta como foi o seu. Você quem deita sua cabeça no meu colo e me pede para assistir Karku com você. É você que me conta dos seus medos, dos seus choros, seus porques. E eu te amo mais perto porque você me deixa te amar assim.
Entendi quase agora que cada um de vocês é do jeito que é, e cabe à mim aceitá-los e amá-los da maneira que são, da maneira que vocês querem ser amado e não como eu quero que sejam ou como eu os quero amar. Por mim, eu colocava os dois numa caixinha bonita e só abria uma vez por dia para deixar o sol entrar. Mas aprendi que, embora sejam MEUS FILHOS, não são meus. Vocês são o presente que Deus me deu. Mas são também o meu presente pro mundo.
Sabe, minha filha, meu mundo é tão mais bonito porque você me escolheu. E, por desejar que o mundo dos outros seja tão bonito quanto o meu, é que não te prendo comigo. Te deixo livre para ser quem você é. Porque quem você é, é o que faz de mim quem eu sou.
Obrigado por me ensinar tanto...
Obrigado por me escolher..
Obrigado por ser minha filha
Meu pedacinho de Lua, meu pedacinho de céu.
Te amo mais que a vida
Te amo mais que o mundo
Te amo mais que tudo.
Lindo texto Cris! Realmente muito parecido com algumas coisas q escrevi... Me emocionou!!
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