domingo, 30 de agosto de 2015

Amor que extravasa

Sabe quando a gente ama alguém tanto, mas tanto, mas tanto que extravasa? 

Pois é. É assim mesmo que eu amo vocês. De uma intensidade e imensidão sem limites. Não saberia contar, misurar ou mensurar o tamanho deste amor. 

Sei que é assim. Tem dias que acordo com dor no peito de tão grande que ele é. 

Mesmo nos momentos mais difíceis quando você, Renzo, faz manhã. E você é manhoso, viu?! Faz manhã porque não quer comer, porque não quer ir para a escola, porque quer jogar video-game, e por tantas outras coisinhas. 



Mesmo quando você Luana, acorda de mal humor, quando está de TPM, quando não quer conversa ou quando deixa de fazer algo que eu peço. 



Mesmo quando você, Guilherme, se ausenta por semanas, não manda notícias e quando manda é malcriado. 



Mesmo nas horas complicadas, naquelas que dá vontade de bater a cabeça de vocês na parede, mesmo assim eu os amo. E amo com este amor que extravasa. 


E as vezes sinto saudades de vocês mesmo que vocês só estejam no outro quarto. 

Amo. Amo. Amo. 


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Nada é mais volúvel do que o coração de uma mãe



Dia destes, um amigo muito querido me fez uma pergunta: -

Eu li seu texto e pensei: será que existe a possibilidade do amor de mãe ser diferente de um filho para o outro, ou é igual para todos?? Me responde com sua sinceridade! Baccio



Confesso que não pensei para responder. Só respondi: - 
Serei absolutamente sincera!!!!



Eu amo os três com a mesma intensidade. Como sei disso? Porque eu seria incapaz de escolher entre eles. 




Tipo: Se alguém chegasse e dissesse: - escolha um deles que vai ter que morrer. Ou, somente um deles vai viver. Eu já pensei nisso algumas vezes e acho impossível escolher. Não me imagino sem um ou sem outro. 



Mas o tipo de amor não é igual. 

Tipo: eu não consigo amar o Gui de pertinho. Ele não deixa. Eu não posso abraçar, beijar. E até quando eu escrevo algo para ele no face, ele fica irritado. _ Porra mãe, eu to morando na mesma casa que você, poderia me falar pessoalmente ao invés de escrever... As vezes sinto raiva dele porque ele é preguiçoso e enrolão. 





A Luana já é diferente. Ela vem, deita comigo, me abraça, me beija. Ama que eu escreva no face para ela, aliás, faz questão. Ela é estudiosa e aplicada. Então eu incentivo. A gente comprou um teclado para ela e estamos pagando um professor. O Gui ficou puto com isto, mas a diferença é que ele não se aplica. 


Uma vez por mês, ao menos, eu compro um livro para ela. E ele fica querendo que eu compre algo para ele também, mas o que? Eu disse que poderia comprar algo se eu visse que ele esta se aplicando em alguma coisa, como quando compramos o equipamento de tatuagem - e que está encostado dentro da gaveta. A diferença é que eu posso demonstrar mais para ela que para ele.
Apesar disto, de demonstrar mais amor pela Lua que pelo Gui, o Cleber e a Lê acham que eu protejo mais o Gui que a Luana. Mas é porque ela quase não precisa de proteção, porque sabe se virar, estuda, se aplica, é educada. O Gui, como é respondão e preguiçoso, às vezes, para não entrarmos em conflito com o Cleber, eu escondo as cagadas dele. E aí as pessoas pensam que eu protejo mais ele. Até mesmo a Luana fala isto de vez em quando. 



E tem o Renzo, que é pequeno. Dorme com a gente, levo no parque, faço tudo por ele. Se de repente acontecesse algo muito grave e eu tivesse que escolher, tipo: - você só vai poder ficar com 1 dos filhos e os outros dois terão que morar com os pais, por exemplo. Provavelmente eu escolheria ele, e não porque amo mais, mas porque é o menor e acho que ele não sabe se virar sozinho. Eu sentiria mais falta dele agora que dos demais. Mas sofreria por isto também. Sofreria todos os dias. 


Eu amo cada um deles de um jeito diferente. E tem dias que me sinto mais próxima a um que a outro. 

Tem dias que o Gui está todo carinhoso. E, nestes dias, eu aproveito e fico perto dele o tempo todo, para aproveitar. Ou quando ele veio para cá nas férias. Eu fiz absolutamente tudo o que ele fez. Todos os gostos e mimos. 


Como eu e a Lua vamos para Paris, ultimamente todos os dias a gente para para ver alguma coisa juntas na net a respeito disto. É ela que tem curiosidade pelo Espiritismo por isto assistimos filmes e palestras juntas e fazemos o Evangelho no Lar. 




Agora no verão passo o tempo todo com o Renzo, porque os dois maiores não querem mais sair com a gente. E tudo o que faço incluo ele no programa. Aliás, faço os programas para ele. 




Mas tem dias que não suporto olhar para o Gui. Não consigo nem falar com ele direito. Ou dias que o Renzo está tão chato que eu - vergonhosamente confesso - largo ele jogando videogame só para não perder a paciência com ele. Ou que a Lua está insuportável e eu não quero nem ficar perto dela.... 



Entende isto? Eu amo os  três com a mesma intensidade. Mas não da mesma maneira. E não do mesmo modo todos os dias. 



Quando o Wander estava vivo, minha mãe vivia atrás dele, protegendo ele, encobrindo as cagadas e tals... e nós três ficávamos com raiva porque achávamos que ela amava mais ele. Hoje eu entendo. Não é que ela amava mais. Era o que mais precisava dela. 



E hoje em dia ela se dá melhor com a Leninha. Mas é porque a Leninha tem paciência para ela. Eu não tenho. Nem o Junior. E o Junior às vezes fica com ciúmes porque diz que ela ama nós duas mais que ele, mas é porque estamos mais longe, e é mais fácil amar quem está longe. Existem menos motivos para brigar. 




É complicado.... 

Tem um texto que li uma vez que diz assim: 
- "Perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido. 
E ela respondeu: 
- "Nada é mais volúvel que um coração de mãe. O filho predileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma é o meu filho doente até que sare. O que partiu, até que volte, O que está cansado, até que descanse. O que está com fome, até que se alimente. O que está com sede, até que beba. O que está estudando, até que aprenda. O que está nu, até que se vista. O que nao trabalha até que se empregue. O que namora, até que se case. O que casa até que conviva. O que é pai, até que crie os filhos. O que prometeu, até que cumpra. O que chore, até que cale. O que me deixou, até que o reencontre".

E do livro A Cabana: 
Cada relacionamento entre duas pessoas é absolutamente único. Por isso você não pode amar duas pessoas da mesma maneira. Simplesmente não é possível. Você ama cada pessoa de modo diferente por ela ser quem ela é e pela especificidade do que ela recebe de você. E quanto mais vocês se conhecem, mais ricas são as cores desse relacionamento. (William P. Young)

 

domingo, 10 de maio de 2015

Obrigada

Hoje, mais do que qualquer outro dia, quero agradecer, primeiro à minha mãe que me deu o dom da vida. 

Mas principalmente quero agradecer aos meus filhos que me deram a oportunidade de ser mãe. Não é uma tarefa tão fácil assim, aliás, na maioria das vezes é bem difícil. É difícil no começo definir o choro do bebê, mas quando aprendemos nos sentimos as maiorais. 

É difícil não deixar cair aos primeiros passos, e ensinar as minhas palavras. É difícil o primeiro dia de aula, o primeiro namoro, a primeira saída de casa. E cada fase tem a sua peculiaridade, a sua dificuldade. 

Obrigada por terem me escolhido. E a prova disto veio de dois de vocês..

Quando a Lua tinha 4 anos, um dia eu e a Lê estávamos conversando sobre algumas coisas da nossa infância. Então ela veio e perguntou: - "Quando vocês eram criança, onde eu estava?" E a tia Lê respondeu:- você estava com o Papai do Céu escolhendo a sua mãe. E ela abriu um sorriso e apontando o dedinho para mim, disse: - e eu escolhi está aqui! E me deu o abraço mais forte do mundo! 

E há poucos dias o Renzo, em uma conversa informal disse: - sabe, um dia eu estava com o Papai do Céu escolhendo a minha família, e eu disse: esta aqui não!, esta aqui não! - e apontando para nós disse: - esta aqui sim! 

E foi tão espontâneo o que ele falou que eu só posso acreditar que esta teoria das escolhas seja realmente verdadeira. 

Sei que não sou perfeita e ainda erro muitas vezes, e vou errar outras tantas, mas jamais se esqueçam que o amor que tenho por vocês é imenso, único e soberano. 

Por vocês eu daria a minha vida sem pensar duas vezes. 

Guilherme, Luana  e Renzo  Obrigada por serem o meu motivo de comemoração no dia de hoje. 
Obrigada por fazerem de mim uma mulher mais feliz.
Obrigada por existirem. 


Guilherme, meu primogênito a quem serei eternamente grata por ter realizado o meu desejo de ser mãe. 


Luana, minha companheira, minha doce menina, pedaço de mim que me completa. 


Renzo, meu pequeno, tua doçura me encanta, teu sorriso da luz aos meus dias. 


Meus filhos, meu mundo. Meus amores. Fui eu quem lhes dei a vida mas foram vocês que me ensinaram o que é viver. 




Amo vocês mil vezes infinitamente.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Olhares sobre mim - Parte VIII

Um presente que me dou todas as manhãs enquanto não trabalho é assistir Everwood, uma série que eu sempre quis acompanhar, mas sabe-se lá porque não o fiz. 

Nesta semana um dos personagens tentou o suicídio. E foi bem complicado para mim acompanhar o episódio inteiro sem chorar. Principalmente porque diferente de outros programas que abordam o assunto, em que o personagem carrega em si uma tristeza que vira depressão, Reid - um personagem secundário, sempre alegre, feliz, seguro de si, ativo - toma uma confecção de calmantes. 



E ele diz algo que sempre me pergunto: - "Eu não fui entrando em um estado depressivo. Um dia acordei e vi que nada mais fazia sentido. Não fazia sentido sorrir, ou simplesmente ver a vida pelo melhor ângulo". 

Me encontrei nele. Um personagem que tem menos da metade da minha idade. Assim como ele, eu sorria, cantava, olhava sempre o lado bom de tudo, dançava, era segura de mim e da minha capacidade e um dia, sem explicação, tudo mudou. 

Mas será que mudou mesmo, assim de repente? Acho que na verdade o processo foi mais lento do que imagino, mas detalhes passam despercebidos e tantas vezes mascarei minha verdade para que ninguém percebesse o que vinha acontecendo, afinal, eu precisava ser a âncora da minha familia, pois sou a ponte entre a família que já existia e a família que se formou. Mas viver assim, sustentando uma ilusão não é fácil e um dia isto desmorona. 

Algumas pessoas demonstram facilmente como se sentem ou como estão. E eu sempre achei que fosse bastante transparente. Mas nos últimos anos eu vinha me esforçando para passar uma imagem que nem sempre era verdadeira. Com medo que meus filhos caíssem em depressão por estar longe dos amigos e da outra parte da família, eu estava sempre sorrindo. Procurava motivos para isto o tempo todo. E, muitas vezes encontrei. E, exatamente por estar bem o tempo todo, ninguém - nem eu - se deu conta do que havia por trás do meu sorriso. 

Mas acho que a minha ficha começou a cair com a morte de Robin Williams, um sorriso que aprendi a admirar ainda quando criança. Não sou daquele tipo de pessoa que acompanha a vida dos artistas por isto não tinha consciência do que ele vinha passando. E quando eu soube que seu sorriso havia morrido muito antes dele, foi que me dei conta de quantas pessoas mascaram a verdade dos sentimentos. E eu era uma delas. 









Eu acho que estou caminhando relativamente bem na constante busca pela cura deste sentimento que tomou conta de mim. Mas às vezes tenho as minhas recaídas. 

Como eu já disse antes, gostaria, do fundo do meu coração que existisse uma pílula mágica que curasse tudo de uma vez, ou uma injeção, um antibiótico e, que ao final do tratamento de 7 dias eu estaria curada para sempre. Mas isto não existe. A tal cura é lenta, demorada e muitas vezes chega a ser desanimador. 

Então o jeito é levantar a cabeça e seguir em frente. Sempre. 
Porque seguir em frente é aquilo que sei fazer melhor. 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Sou feliz com tão pouco




Quem me acompanha sabe que estive doente e que ainda carrego sequelas da doença. Infelizmente, a minha não é daquele tipo que se cura com 7 dias de amoxilina, ou com 10 dias de internação. 

E, posso confessar, sem medo de mentir, que os finais de semana estavam sendo bastante pesantes, por passar tanto tempo em casa, devido à falta de dinheiro e ao mal tempo (sò quem vive na Europa sabe quanto é difícil o inverno por aqui). A semana passava tranquila, mas sábados e domingos eram uma tortura. 

O resultado: eu estava enlouquecendo. E enlouquecendo todo mundo aqui em casa. 

Segunda-feira fez um sol lindo. Maridão, todo atencioso e preocupado com a minha saúde mental - e a da família também - pede um dia de folga do trabalho para me levar à praia. Ele sabe que mesmo que não esteja sol, mesmo que ainda não seja verão, estar perto do mar, pisar na areia me faz um bem enorme. Mais ainda que pisar na grama com os pés descalços. Quando ele me conta dos planos eu quase pulo no colo dele. Vou até a cantina e pego os brinquedos de praia do Renzo. Tudo bem. Ele não vai entrar na àgua, mas podemos fazer um castelo de areia, mesmo que estejamos de calça comprida e moletom. Não importa. 

Mas, eis que ao acordar na terça-feira, olhar pela janela, CHUVA! (Bem feito! quem mandou não olhar a previsão). 

Eu desanimei. Ele não. Claro que não daria mais para aproveitar a praia, mas ele bateu o pé firme no propósito de me levar para passear. Entramos no carro e escolhemos o destino através do site metereológico. Das três cidades que não estavam chovendo, escolhemos uma e acertamos em cheio. 

Vicenza é uma cidade da região de Veneto com 113.898 habitantes. Grandinha, porém com um Centro Histórico acolhedor. 



A Piazza dei Signori é o centro comercial e social de Vicenza. A visita começa a partir de duas colunas, uma com o Leão de São Marcos e a do Cristo Redentor. 












Depois, como estava um vento frio, sentamos em um bar super aconchegante para tomar uma cioccolata calda. Ah! Que Delicia. 









E foi ali que o Cleber soltou uma: - Você não muda mesmo, né? É só sair de casa que fica com este sorriso de orelha a orelha. Pior que criança que acabou de ganhar um doce. 

Foi um passeio simples, mas posso dizer que renovou as minhas forças. 






Obrigada, meu amor. Você não faz idéia o quanto isto me faz feliz. 








Te amo. 

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