sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Olhares sobre mim - Parte VII

Do momento que soube que tinha algo errado comigo, devido aos meus sentimentos e ao meu comportamento, não neguei que tinha depressão. 


E, passado um primeiro momento, não tive mais nem vergonha de admiti-lá, embora não estava pronta para conversar com todo mundo sobre isso. Muitas vezes me senti em culpa - e está ainda me persegue - por não entender como uma pessoa que foi sempre alegre como eu pôde se deixar afundar desta forma. 


Aos poucos o senso de culpa está me deixando. Ainda passo por alguns momentos e algumas recaídas mas me sinto bem na maior parte do tempo. Tenho vontade de sorrir, de ouvir música, e aos poucos até a vontade de dançar está voltando. 


Devo isto a tantas coisas: 

ao apoio da minha família, obrigado amor, por ter me entendido e estar comigo em todos os momentos. 

as conversas com Jhonny

, a volta da minha leitura do Evagelho e dos livros de Allan Kardec e principalmente à compreensão de que eu não estarei aqui para sempre.

 Nem minha mãe, minha irmã, meu marido e meus filhos. 






E que lembranças quero ter deles? Quais lembranças quero que eles tenham de mim? 

Então que sejamos forte para fazermos o melhor. Para nós e para eles. 

Amo vocês. 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Presentes



Você nunca foi de muitas palavras, nem muitos presentes, nem muitos chamegos. 

Acho que por isto, as coisas que venham de você tenham tanta importância. 

Hoje, quando acordei, tinha uma mensagem tua no celular. A música Linger - The Cranberries. Confesso que me reportei há uns 10 anos quando ouvia esta - e outras músicas - todos os dias. Vocês cresceram ouvindo Cranberries, The Mission, Sister of Mercy, Diary of Dreams e outros. E era um tempo em que eu ouvia música todos os dias, simplesmente vivia de música. (Não sei o que mudou). 

Eu ainda gosto demais de músicas, ainda tenho minhas "trilhas sonoras" - músicas que me reportam a tempos antigos, à situaçoes engraçadas, a encontros inesperados. 

Mas eu não imaginava que minhas músicas tivessem marcado vocês também. E foi tão gostoso saber que você ouviu uma delas e se lembrou de mim, exatamente como me lembro de coisas e pessoas quando as ouço. 

Tudo bem que me assustei, pois, como disse, você não é o que demonstra as coisas. Então achei que tivesse sido por engano. A resposta veio rápida - e educada - como só você sabe ser. 



E este foi o melhor jeito de acordar. 







segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sonhos

Quando o Cleber chegou com a notícia de que nosso mútuo havia sido aprovado, eu, ao invés de ficar ultra-super-mega-hiper-blaster-feliz só conseguia pensar no filme UP - Altas Aventuras. 

Carl e Ellie têm um sonho: morar no Paraíso das Cataratas, em cima das montanhas na América do Sul. Mas o sonho deles vai sendo adiado dia apòs dia devido aos mais diversos acontecimentos: carro quebrado, acidente com a casa, doença da Ellie. E o sonho nunca se realizou...

A minha primeira sensação foi exatamente esta. Eu quero conhecer o mundo, quero ter asas. Mas agora criamos raízes. 

Sei que o sonho de conhecer o mundo ficou mais longe, porque agora, além dos filhos, tenho uma casa para cuidar. Mas, aos poucos a alegria da "minha casa" está entrando em mim e eu já me sinto feliz - e segura - por ter um canto para chamar de meu. Sei que quando chegar a minha velhice o mútuo estará pago e eu terei um lugar para descansar. 

Já assisti UP um milhão de vezes. E foi exatamente dali que entendi que talvez eu não conheça o mundo. Talvez eu nunca vá à Grecia, ou ao Peru, talvez eu nunca faça a Trilha Inca, nem conheça as magias de Tiahuanacu ou Puma Punku. Mas tantas coisas podem acontecer ao invés disto. Coisas tão maravilhosas com as quais eu nem ouso sonhar. 

Foi exatamente assistindo UP que entendi que "Alguns sonhos não se realizarão jamais. Mas viver é uma grande aventura, cheia de pequenos momentos de felicidade. E valorizar cada um desses momentos é o que faz a vida realmente valer a pena".

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O lado bom - Continuaçao de olhares sobre mim parte VI

Comecei hoje um compromisso comigo mesma. 
Cada vez que algo me desagradar, vou tentar, como antigamente, ver o lado bom da coisa. O lado ruim é mais fácil de ver, né? Então não vou me esforçar para fazer comparações, para ver quantos bons e quantos ruins tem cada situaçao. 

O que aconteceu ontem

1. Me permitirá passar mais tempo com o meu filho e, nos dias menos frios, leva-lo ao parque para se divertir um pouco. 

2. Me permitirá ir buscá-lo na escola todos os dias. 

3. Posso começar a divulgar já meu trabalho de manicure e assim, quem sabe, conseguir minha cartela de clientes antes do tempo previsto. 

4. Passarei a maior parte do inverno em casa, sem ter que sair no frio. 

5. Vou poder dormir atè um pouco mais tarde. 

6. Posso dar uma atenção melhor à minha casa, que, por sinal, está precisando de uma bela faxina. Mas, sem querer me justificar, a faxina que eu preciso fazer preciso de um clima mais apropriado, pois depende de usar certos produtos e devo deixar as janelas abertas. 

Por hoje eu só consigo ver estes pontos. A medida que enxergar mais, adiciono. 

Olhares sobre mim - Parte VI

Tive dias particularmente bons em que tudo que tinha vontade de fazer foi sorrir. 

O Guilherme veio para cá, de surpresa, e isto me fez um bem enorme. Escutar a sua risada misturada com a do Renzo e da Lua encheram meu coração de alegria. E eu agradeci muito a Deus eles não terem me chamado para trabalhar naqueles dias, porque assim pude desfrutar de cada minuto da presença dos três juntos. 

Mas ontem tive uma recaída. Das grandes. Daquelas que pensei que não teria mais. Sabe quando você pensa que já está curada e ai, de repente, sem explicação, o sintoma volta? 

E eu me senti perdida. Foi como se o meu chão tivesse fugido e eu estivesse caminhando em cima de um grande NADA. Como no filme "História sem fim" que o Bastian / Atreio tem que lutar com o Nada. E o NADA vai engolindo tudo aos poucos. 

Foi um dia bom, tranquilo. Fui ao ortopedista, e embora ele não tivesse dito o que eu esperava ouvir, sai de lá particularmente bem. O dia estava lindo e quente por ser inverno - 12 graus - e depois da escola levei o Renzo ao parque. A alegria dele me contagia e eu me peguei sorrindo muito mais vezes do que lembrava ser capaz. 

Só que quando fui buscar o Cleber no serviço tive uma noticia ruim que afeta é muito nosso financeiro. E isto afetou o meu emocional. Mais do que o previsto, mais do que pensei que pudesse afetar. E foi assim que recai. Recai por que não entendo porque não posso fazer planos. Recai porque já passamos por isto outras vezes e, embora eu sei que somos capazes de superar, sei o quanto é difícil. Recai porque estou exausta de ver meus sonhos serem adiados, ou reduzidos a metade porque não posso concretizá-los por completo.  

Sei que amanhã é outro dia, com novas oportunidades, novos sonhos, nova vida. Mas hoje eu só quero ficar aqui, deitada o dia inteiro e chorar até esvaziar toda esta tristeza de dentro de mim. 

Mas ainda tenho que fingir que estou bem. 

domingo, 11 de janeiro de 2015

Presentes fora de hora




Amo presentes fora de hora. 
Surpresas me levam ao céu. 
Nestas horas tenho certeza de que sou amada. 

Obrigada pelas flores, que chegaram em um dia qualquer que eu nem esperava, mas que trouxeram um raio de sol ao meu dia. 

Cleber, te amo

P.S. Eu também não sei explicar porque mulheres ficam tão felizes em ganhar flores

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