Engraçado você me perguntar se já estava me despedindo. Porque, embora não esteja ainda, sinto já um vazio dentro de mim.
Não por tua partida que é certa, e sim, por teu retorno incerto.
Abraço-te no silêncio do nosso quarto, envolta no calor dos teus braços e vivo intensamente cada segundo destes minutos a teu lado.
Não por tua partida que é certa, e sim, por teu retorno incerto.
Abraço-te no silêncio do nosso quarto, envolta no calor dos teus braços e vivo intensamente cada segundo destes minutos a teu lado.
Sim, agora conto a vida em minutos, porque contá-la em dias é pouco demais. Os dias são escassos e tornam-se cada vez mais curtos a medida que o tempo passa. Resta-me então contar os minutos. Minutos tão poucos também, tão perdidos no tempo, no pouco tempo que fazemos parte um do outro.
Mas o que é o tempo?
Nada!!!
O tempo não é nada perto da grandiosidade de sentimentos que tomam conta de nossos corações.
E o que é o tempo?
Tudo!!!
O tempo é tudo comparado à incerteza do dia do retorno.
É por isso que meu coração chora. Não de tristeza, nem de saudade, nem de incerteza. Meu coração apenas chora pela briga que trava com o tempo, inimigo dos amantes. Chora porque o tempo é mesmo um ser implacável. Machuca, corrói, destrói.
E o mesmo tempo também que é aliado dos amantes, constrói, fortalece, enobrece.
É estranho contar os dias para dizer adeus.
Estranha a sensação de saber que você vai partir. Uma parte de mim quer que você vá. Uma parte de mim quer gritar, te amarrar no pé da mesa, não te deixar ir. Meu lado altruísta corre atrás de tudo para tornar sua viagem mais tranquila. Meu lado egoísta quer tanto que tudo dê errado.
Qual das duas eu sou neste momento?
Não saberia responder.
Sinto sua falta. Saudade infundada essa, partindo do princípio que estamos juntos todo o tempo. É que, na verdade, essa é uma saudade antecipada, algo que ainda está por vir, algo que ainda estou por sentir.
É só meu coração se acostumando com a sua ausência.
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