domingo, 12 de maio de 2019

A felicidade é relativa

Acho que essa tal felicidade não existe. 
Sabe aquela coisa plena, pura e que te faz bem o tempo todo? Não é deste mundo, como disse Jesus Cristo. 

O que existe são momentos felizes. E à medida que è passamos mais momentos felizes que aborrecedores, temos a impressão de que somos e seremos "Felizes para Sempre", como nos contos de fada. (Aliás, contos infantis não deveriam terminar com esta frase). 

Ninguém se casa e é feliz para sempre.
Ou beija o sapo, ele se transforma em um príncipe e vive feliz para sempre. 
Ou é salva do dragão que guarda a torre do castelo e vive feliz para sempre. 
Ou arranja o emprego dos sonhos e é feliz para sempre. 

O feliz para sempre não existe. 

E esta busca incessante do "ser feliz para sempre" muitas vezes cansa, machuca.

Eu sempre saí bastante. Raramente passava finais de semana inteiros em casa. As vezes saía a noite para dançar. E de dia, eu e as crianças íamos a parques, piscina, shopping, Playcenter, Hopi Hari, praia, etc. E eu gostava disto. Recarregava as minhas energias para a semana que estava por vir. Como já disse, tenho a alma voadora.

Mas ultimamente isto tem se tornado cada vez mais raro. Certo! A responsabilidade disto é minha. Se voar me faz feliz, por que nao voar? Tenho me sentido enjaulada, como um pássaro na gaiola. Que, quando sai da gaiola é sempre para estar, no máximo, na gaiola ao lado. 

Talvez eu tenha envelhecido e tenha ficado com preguiça de ser o que eu sou, nao sei. Sinto falta de algumas coisas que eu nem mesmo sei o que sao. So sinto falta. Vontade de sair sem destino. Vontade de passar um dia inteiro sem fazer nada, debaixo do sol. Vontade de a um parque. Vontade de dançar. Mas nao faço nada disto. E porque tenho preguiça. PreguiçA de ser quem sou. 

Quem sou esta sendo cansativo demais e gasta muita energia e nao me deixa ser a pessoa que eu quero ser. 

Cris Faga

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