A tristeza que habita em mim não tem porque. Ou talvez tenha todos os porquês do mundo. Às vezes é grande, às vezes não tanto, mas ela habita em mim.
A tristeza que habita em mim não me deixa falar dela, porque ela tem medo de ser usada contra mim. A tristeza que habita em mim, embora sendo uma tristeza, me protege de quem, às vezes até mesmo sem querer, pretende me machucar.
A tristeza que habita em mim dói e machuca, corrói e destrói ela mesma sozinha. Cresce, domina, invade e me deixa assim sem vontade de sorrir. Mas às vezes ela não me dá nem tempo de chorar, porque é tão intensa que por si só já domina e não deixa lugar para as lágrimas caírem.
A tristeza que habita em mim é assim, às vezes constante, às vezes passageira, mas ela sempre habita em mim.
A tristeza que habita em mim sabe que não tem para onde ir, então ela fica ali quietinha esperando a hora de sair. Não me deixa chorar, não me deixa sorrir.
A tristeza que habita em mim não tem explicação. Ela só habita em mim.
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