domingo, 27 de abril de 2014

O simples me apetece.

A minha vida inteira vivi perto da correria, do agito, do caos. São Paulo é assim. E por isto nunca me questionei se tudo aquilo era certo ou não. 

Vivi cercada de pessoas que trabalhavam 10 / 12 horas por dia, corriam atrás de dinheiro feito loucos e algumas, simplesmente um dia deixavam de ver importância em tudo aquilo. Sempre achei que esta descoberta vinha acompanhada de uma doença grave, um "quase morte" ou uma "quase perda" de alguém querido. 

Comigo nao foi assim. Não sei dizer ao certo quando foi que o SER passou a ser mais importante que o TER. Acho que tudo começou no meu quintal em Extrema-MG, onde esquilos, pássaros e maritacas vinham me fazer companhia no café da manhã. Achava tudo aquilo de uma simplicidade incrível e vinha acompanhada de uma paz não me deixava pensar em absolutamente nada. Era uma paz silenciosa, sem motivo de ser. E foi então que eu descobri a Tranquilidade da Alma. 

Claro que gostaria de ganhar aneis de brilhantes e colares de esmeraldas. Gostaria de fazer a festa de aniversario dos meus filhos nos buffets mais caros da cidade e passar horas fazendo compras nas mais diversas lojas. 

Mas nada disto me traz esta tal tranquilidade. 

O que eu gosto mesmo é de botar o pé na areia, pisar descalça na grama, molhar os pés na água do mar. 




Gosto do sorriso descontraído, do vento no cabelo, no olhar para as paisagens. 





Gosto de pular, de rir, de gargalhar. Gosto de brincar na neve, de fazer guerra de nada.



 Gosto de olhar as montanhas, de jogar pedras na agua.





Gosto mesmo é de ver o por do sol - porque ele nasce muito cedo e eu gosto de dormir até tarde. 






Gosto de ouvir as ondas do mar. E gosto do mar até mesmo quando não tem ondas. 



Gosto de andar de bicicleta. Gosto de sentar no banco da praça enquanto o Renzo desce no escorregador. 




Gosto de estender a toalha na grama e me estender olhando para o lago enquanto chega o cair da tarde.






E foi vivendo tudo is
to que eu descobri que o simples é o que me faz feliz. 

E descobri que fico mais feliz quando tem sol. 



domingo, 6 de abril de 2014

Ele não ajuda mesmo!!!!!

Com a casa devo admitir que ele realmente quase não me ajuda. Segundo ele, precisa que eu coordene as coisas. E eu estou sempre esperando que ele faça por si só, assim que veja que algo está fora do lugar. Mas não é bem assim que funciona. E muitas vezes acabo me sentindo frustrada. 

Agora, a verdade é que com o Renzo ele nunca ajudou. E tudo começou quando ele nasceu. Tive um parto extremamente complicado (quem quiser se atualizar, leia aqui!)

E então ele ficou comigo todas as noites no hospital, levantando e abaixando a cama nas mais de 25 vezes por noite que o Renzo chorava querendo mamar ou simplesmente porque queria o colo da mamãe. Foi ele quem me levou ao banheiro e colaborou para que eu conseguisse me vestir. 




Já em casa, era ele quem me levantava do sofá, quem acordava de madrugada para me sentar ou me levantar da cama, pegar o Renzo do berço, colocar no meu colo para que eu pudesse amamentá-lo e depois colocá-lo de novo no berço. Não sem antes me levar ao banheiro e me colocar novamente na cama. Era ele quem trocava a fralda do Renzo de dia e só não o fazia a noite porque ele não tinha a agilidade suficiente para uma troca rápida e o pequeno, muitas vezes, chorava de frio. 


Foi ele que em menos de 1 semana deu banho no filho. Confesso que ele tinha um certo receio, mas eu, teimosa que sou, pedi para ele segurar o Renzo por 1 minuto e quando ele o fez eu disse: - agora é tua vez de dar banho. E ele tirou de letra. Daquele dia em diante, nos revezávamos nesta tarefa também. 




Enquanto eu estive debilitada ele lavou, cozinhou e coordenou as tarefas de casa enquanto eu chorava de dor. Foi excepcional. 

E até hoje é assim. Ele continua não me ajudando a cuidar do filho. Ele chega em casa e brinca com o Renzo, dá banho, briga com o pequeno para ele comer. Ele troca, alimenta, da banho, veste, ensina, brinca, se diverte, dá bronca, põe de castigo, faz companhia, conta histórias, escova os dentes, leva ao cabeleireiro, ao parque, ao mercado, assiste filmes. Explica as coisas, ensina a distinguir as letras e os números. 



E no Mc Donalds pede Mc Lanche Feliz so para o filho ganhar mais 1 brinquedo. 



Nos revezamos na tarefa de acompanhá-lo ao banheiro para fazer cocô e seguramos a mão dele para ajudar neste martírio. As vezes, vamos os dois. 




Ele não me ajuda nem um pouco. Ao invés disto, ele divide comigo a tarefa de cuidar, criar e educar o nosso filho. Fazemos isto juntos porque a responsabilidade é nossa. E isto ele faz como ninguém. Ele simplesmente exerce o seu papel de pai, exatamente como deve ser. E eu tenho muito orgulho do pai que ele é. 






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