E, que me desculpem os que são contra demonstrações de tristezas só porque um dia ele falou mal do Brasil. Eu também já falei. Do Brasil, da Itália, de São Paulo e de tantos outros lugares e pessoas do mundo. E só por causa disto não mereço admiração pelos meus outros feitos? O cara era fantástico! Tantas vezes acordei e meu primeiro pensamento foi : -Booooooommmmmmmm diiiiiiia Vietnã!
Cresci vendo seus filmes. Ele fez a mim - e outros milhões de pessoas -chorar, rir, se emocionar. Comédias com ele eram risadas garantidas. Dramas com lágrimas inclusas. Ele sempre nos tocou no mais profundo dos sentimentos de cada um de nós.
Mas o que mais me chocou em sua morte, não foi o fato de perdermos um grande ator - sim, ele era estupendo! E sim o fato de que me dei conta, pela primeira vez aos 43 anos, de que "o engraçado não é feliz".
Quantas vezes ele nos fez rir quando internamente sua alma chorava.
E ainda mais: quantos de nós sorrimos quando não há motivos para risos? Quantos engraçados com a alma em prantos encontramos em nosso dia-a-dia? E quando será que seremos sensíveis o bastante para perceber que por trás de cada sorriso há - ou pode haver - uma dor escondida?
Por um mundo onde a sensibilidade humana seja capaz de transformar sofrimento em alegrias para que não hajam tantos "Robins Williams" portadores de tristezas escondidas.
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