É exatamente assim que espero me referir à ela daqui há dez anos. Não! Não faço parte do grupo de jovens apaixonadas, mas sou sim, apaixonada por ele. Não posso medir em tempo, nem dizer que será para sempre. Eu só espero que seja.
Estamos juntos há 4 anos - e às vezes parece muito mais - mas ainda nos abraçamos como no nosso primeiro encontro. Ainda sinto borboletas no estômago quando ele pega meu rosto com as duas mãos e deposita um beijo em meus lábios. Ainda me sinto uma boba quando ele me aninha em seu colo e me chama de "Pecinha de Encaixe Perfeito". Ainda sinto por ele o mesmo e infantil desejo da primeira vez.
Ele, assim como eu, é cheio de defeitos. Um deles é que não dá a mínima importância para datas e o dia de hoje vai passar completamente em branco. Ele nem se lembra que no dia 12 de junho se comemora o Dia dos Namorados no Brasil. E ele nem sabe quando é o dia dos namorados na Europa. Se bem que este - tenho que admitir - nem eu mesma sei.
Então ele não me trará flores, não me comprará chocolates nem qualquer outro presente. Mas ele vai chegar, exatamente como todos os dias, e vai me dar um beijo apaixonado. Vai me abraçar bem apertado - igualzinho todos os dias - e vai me perguntar sobre o que aconteceu, se a minha mão está melhor. Vai me beijar apaixonadamente e dizer que me ama - exatamente como todos os dias.
Antes de dormir, vai se aninhar em mim, me abraçar de conchinha. Talvez faremos amor, talvez não, porque não existe para nós uma regra de periodicidade. Mas em ambos os casos ele vai ficar ali, abraçado comigo até quase dormir, porque segundos antes de pegar no sono eu - ou ele - viramos para o outro lado.
E amanhã quando não for mais Dia dos Namorados ele vai me acordar com um beijo, vai me abraçar na porta do quarto, assim que levantar da cama e vai dizer que me ama e me desejar um ótimo dia - exatamente como faz todos os dias.
E eu vou amá-lo um pouco mais por isto. Exatamente como faço todos os dias.
Te amo, Cleber Pra
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