domingo, 10 de fevereiro de 2013

Quando fui mais feliz

Sabado a tarde. Procuro pelas pessoas da casa e vejo marido que usa o note, Guilherme que joga videogame, Luana que conversa com os amigos via mensagens no whatsapp e viber atraves do celular e Renzo que assiste TV. 


Neste momento, penso tristemente: - Que época é esta que estamos vivendo onde - nao sò a minha - mas todas as familias se perdem diante das tecnologias? 

Eu tinha apenas 14 anos e passavamos algumas horas em frente ao nosso unico aparelho de tv preto e branco.  Sim, naquela época raras eram as familias que possuiam mais de um. 



Eis que cortam nossa energia por falta de pagamento. Papai nao tinha dinheiro para todas as finanças. E demorou para conseguir juntar o suficiente para colocar as contas em dia. O resultado foi quase 1 mes sem energia eletrica. E agora? O que fariamos? Como ocupariamos nossas noites em familia? 


Neste mes tivemos que inventar atividades para nao fazer do convivio em casa uma monotonia. E entao: jogamos baralho, domino, stop, jogo da velha, forca, jogos de mimica. Brincamos de caça ao tesouro, de esconde-esconde, de vaca amarela. Sentamos na varanda para interagir com vizinhos e ouvir as historias de quando meu pai era ainda uma criança e ainda nem existia televisao. 




No final das contas, o mes que prometia ser o pior acabou se tornando o mes mais feliz de toda a minha infancia. 

As vezes penso em deixar e pagar a conta da energia de novo. Quem sabe assim, nao nos desconectamos um pouquinho. E eu tambem estou incluida nesta lista, afinal, estou aqui, na net blogando ao inves de interagir. 

Um comentário:

  1. Sempre gostei da tecnologia por aproximar quem estava longe. Hoje eu nem sei mais nada...me sinto realmente invisível.

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