terça-feira, 12 de agosto de 2014

Quando o engraçado não é feliz.

Sinceramente, eu nunca fiquei realmente triste com morte de atores/ cantores/ pessoas famosas em geral. Somente duas vezes fui invadida pela mesma tristeza de perder alguém de quem gosto muito. A primeira com a morte do papa João Paulo II e hoje com a de Robin Williams. 


E, que me desculpem os que são contra demonstrações de tristezas só porque um dia ele falou mal do Brasil. Eu também já falei. Do Brasil, da Itália, de São Paulo e de tantos outros lugares e pessoas do mundo. E só por causa disto não mereço admiração pelos meus outros feitos? O cara era fantástico! Tantas vezes acordei e meu primeiro pensamento foi : -Booooooommmmmmmm diiiiiiia Vietnã! 

Cresci vendo seus filmes. Ele fez a mim - e outros milhões de pessoas -chorar, rir, se emocionar. Comédias com ele eram risadas garantidas. Dramas com lágrimas inclusas. Ele sempre nos tocou no mais profundo dos sentimentos de cada um de nós. 



Mas o que mais me chocou em sua morte, não foi o fato de perdermos um grande ator - sim, ele era estupendo! E sim o fato de que me dei conta, pela primeira vez aos 43 anos, de que "o engraçado não é feliz". 

Quantas vezes ele nos fez rir quando internamente sua alma chorava. 



E ainda mais: quantos de nós sorrimos quando não há motivos para risos? Quantos engraçados com a alma em prantos encontramos em nosso dia-a-dia? E quando será que seremos sensíveis o bastante para perceber que por trás de cada sorriso há - ou pode haver - uma dor escondida? 

Por um mundo onde a sensibilidade humana seja capaz de transformar sofrimento em alegrias para que não hajam tantos "Robins Williams" portadores de tristezas escondidas. 

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